Evento de lançamento de "Encontro e Outros Contos"

Eu sempre sonhei em estar num livro, e estive em alguns - mais até do que imaginei poder estar.

Eu sempre sonhei em escrever e publicar o meu próprio livro - e eu publiquei dois e-books na plataforma Kindle e também em formato PDF para as pessoas que quiseram me prestigiar.

Eu sempre sonhei em publicar o meu próprio livro físico - e, em pleno início de 2025, eu realizei mais esse sonho, com uma pitada a mais de ousadia: comprei 20 cópias e simplesmente marquei um evento de lançamento, completamente despretensioso.

Okay, é óbvio que eu sei que 20 livros é um número bem pequeno. Mas, até ontem, eu tinha zero: zero participações em livros, zero livros escritos, zero livros publicados, zero livros vendidos, zero livros físicos. E agora eu simplesmente tenho vinte livros na casa dos outros ou em bibliotecas, com o meu autógrafo. Vinte livros que saíram da minha cabeça, do meu coração, dos meus sonhos, cheios de histórias que eu vivi, criei, presenciei ou o que quer que seja, diretamente pra casa, pras vidas e pras memórias de tantas pessoas.

Hoje, meu amigo do trabalho, um dos meus primeiros vinte leitores oficiais, veio me perguntar quem era o tal "gato preto" (personagem do meu conto favorito e homônimo), porque ele e a esposa estão lendo pro filhote na hora de dormir (quase gritei e/ou chorei com essa informação - fiz depois em casa contando pro marido, hahaha) e ficaram curiosos. Pode parecer bobo, mas esse foi um dos momentos mais incríveis da minha vida, num corredor do trabalho no meio de uma correria. Obrigada, querida família linda, por isso! Obrigada por me permitirem fazer parte de um momento e memória tão linda de vocês todos! Isso me emocionou tanto!

Não é sobre as vendas dos livros, e tampouco sobre quantos exemplares eu vendo: é sobre quantas vidas eu impacto, sobre quantas famílias eu reúno para desfrutarem das minhas histórias, sobre quantos sorrisos e/ou lágrimas e/ou reflexões eu arranco por aí. Claro que o dinheiro é, de certa forma, importante - mas, pra mim, ele é mais importante pra que eu consiga continuar publicando.

Pedi um apoio à minha mãe na divulgação do lançamento, e me surpreendi com quantos amigos (originalmente) dela apareceram para me prestigiar. Meus amigos também. Mas o que mais me emocionou foi, além de ter a Juliana (que veio de Belém passar uns dias comigo) presente, ver a Marina chegando. A Marina é parte da minha família, minha "avó adotiva", amiga e vizinha de anos da minha avó Cida, já falecida desde 2009. A Marina é avó da minha melhor amiga de infância, mãe das minhas praticamente tias queridas, e uma das pessoas mais lindas e queridas de todo esse mundo. Quando bati o olho na porta e a vi, com seus 82 anos e seus lindos olhos azuis, caminhando até mim, desabei em choro. Me felicitei não só pela sua presença, mas também de duas das suas filhas e, mais do que isso, senti a presença da minha avó comigo ainda mais forte. Sei o quanto é difícil as pessoas pararem suas vidas numa segunda feira à noite, mas saber que as filhas tiraram seu tempo não só para me prestigiarem lá, mas também se deram ao trabalho de levar sua mãe idosa até mim para que ela estivesse lá em carne e osso, e não só que eu mandasse um exemplar para ela, me deixou completamente sem estruturas.

No fim das contas, é justamente sobre isso que Encontro e Outros Contos fala: todos esses encontros de alma que a gente tem na vida. E esse encontro, pra mim, com cada um de vocês que esteve lá me prestigiando e adquiriu meu livro, ou que não pôde ir mas pediu que levassem um exemplar, aos que não adquiriram um exemplar e nem estiveram lá mas que torceram e vibraram e se encantaram com a minha conquista... esse encontro, com o coração de cada um de vocês que se abriu para mim e para minhas palavras e conquistas e felicidade e realização, foi incrivelmente especial - como eu lhes desejei de volta em cada autógrafo. E eu espero, de todo o meu coração, que esse encontro tenha sido tão incrível para vocês quanto foi para mim.

Todos os "obrigadas" desse mundo nunca serão suficientes para que eu expresse toda a gratidão que eu senti, mas eu digo mais uma vez: muito obrigada!

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